Voo sem destino, sou folha ao vento,
calada, apenas rodopiando.
No Outono as folhas coloridas se agitam,
rolam no chão sem destino.
Nos braços do vento me entrego
levo comigo a minha alma.
Cansada, combalida, quase morta
sem forças para resistir.
Quedo-me às horas silenciosas do Outono,
quando as folhas caem delicadas e
no meu coração cai a saudade.
A vida encena cânticos de vento nos arvoredos.
As folhas rodopia sem parar.
Em mim renova-se a esperança,
na terra sob folhas secas,
renova-se a vida.
O Outono traz um quê de tristeza
misturado ao vento que sopra.
Dá pra ouvir a delicadeza da sua voz,
do começo ao fim das folhas de Outono.
As folhas voam , rodopiam antes de cair,
é para desenhar no tempo a brevidade
das nossas vidas.
(Cecília-06/2009)
Código de texto: T1666066
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