sexta-feira, 7 de abril de 2017

Flores noturnas



Amei-te, como se ama todas as coisas,
todos os seres, todo o universo.
Amei-te prudentemente, entre o riso e a dor.
Entre a sombra e a claridade, 
entre o calar e o falar.
Amei-te, como uma planta que não floresceu,
mas trás dentro de si o perfume guardado.
Quantas vezes busquei-te nas lembranças,
como o delicado voo da gaivota.
Nas curvas suaves dos 
caminhos das borboletas.
Nos tons azuis e vermelhos de um arco-íris, 
que logo se desfaz.
Busquei em flores noturnas, 
o perfume que senti um dia.
Talvez busquei na tua lembrança, 
as minhas próprias lembranças.
por não mais me lembrar como elas eram.

(Cecília-04/2013)

Código de texto: T4268611

Nenhum comentário:

Postar um comentário