quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Véus da alma...


Castelos de sonhos eu construí, 
pisei nas nuvens e me perdi.
Galguei montanhas e não parei, 
segui adiante sempre procurando.
Amores vieram e se foram.
Minhas lágrimas ao meu redor
juntei uma à uma.
Sou um barco no meio do oceano, 
que aos solavancos deslizando vai.
Sou feito um frágil cristal , 
que o vento forte pode quebrar.
Mesmo assim minha alma me levanta, 
me sacode e me mostra.
Que tenho um reflexo definido, 
nele vejo minha alma refletida.
Alma sensível a debulhar-se em lágrimas.
Que apagam as marcas e lavam as feridas, 
Vai limpando tudo. 
Deixando-me leve como as nuvens 
à brincar pelo céu.
E de alma limpa volto a viver, 
esquecendo das ilusões que um dia vivi.

(Cecília-09/2010)
Código de texto: T2472145

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